Seja você o protagonista da sua vida

Eu achei que era especial demais. Sonhei uma vida pra mim que não existe. Deixei outros escolherem o rumo da minha vida e fiquei como coadjuvante da minha própria história. Por que não me disseram que a vida era simples e que as pessoas que podem nos fazer felizes não precisam ser perfeitas? Os que me deram palpites sabiam, e foram eles mesmos viver essa vida normal, mas eu parei no tempo e só fiquei com os meus sonhos. Que pena que demoramos tanto a aprender algumas coisas. Se pudesse voltar faria tudo diferente. Eu diria “não” mais vezes, diria “sim” pra algumas coisas que disse não, mesmo contrariando uns e outros, eu iria decidir o meu destino, eu nunca mais abriria mão disso! Ouviria conselhos é claro, mas daria muito mais valor ao meu próprio. Nem mesmo Deus nos obriga a nada, pelo contrário, ele nos dá o presente da livre escolha e nos fala sobre conseqüências. Eu sei que falhei também. As pessoas só interferem na nossa vida até o ponto que deixamos e eu soltei as rédeas achando que outros saberiam melhor como me fazer chegar a algum lugar. Que espírito frágil, que estima pouca por mim mesma! Se eu soubesse tudo que sei hoje, jamais faria igual. Mas a vida de “se” e suspiros é muito triste e vazia. O melhor é fazer diferente daqui em diante. A duras penas aprendo a ouvir à Deus, ouvir meus pensamentos e depois aos outros. Mesmo porque, até as pessoas que nos amam sinceramente podem dar um palpite errado na nossa vida. Você também pode errar ao seguir o próprio, mas pelo menos teve coragem. É tarde demais para consertar tudo. Mas não posso guardar rancores e sinceramente nem tenho energia pra isso. Só espero conseguir viver a vida a que me propus, dar valor ao meu tempo, fazer coisas novas, me preocupar menos, não tentar agradar todo mundo e não esperar muito das pessoas. Enfim, ser a protagonista da minha própria vida.

Pilatos ou Caifás?

Estamos nos aproximando das eleições e eu queria falar um pouco sobre isso hoje. Infelizmente a maioria da população se divide entre dois extremos: Os fanáticos políticos e os totalmente indiferentes. Poucos são os que procuram conhecer um pouco mais da história de cada candidato, se informar das atribuições de cada cargo e por fim fazer um julgamento equilibrado diante das opções (ou na maioria dos casos uma eliminatória no caso de falta de opções...). E seja época ou não de eleições cá estamos, sempre prontos a maldizer o governo. Por que não pesquisar ao invés de reclamar? Por que não se escuta “vou repensar melhor o meu voto na próxima” em lugar de “O governo é isso, o governo é aquilo”? A corrupção no governo é apenas um reflexo da nossa sociedade. Não gostamos de sair na vantagem sempre? Não é aqui que rola a cultura do “jeitinho”? Mentimos para sair de situações embaraçosas, criar situações favoráveis, abrimos exceções para esse e aquele compadre...Os gestores do poder são os filhos dessa cultura. Só que lá, no planalto, as conseqüências são desastrosas para toda a nação. Vamos nós mudar essa cultura! Qual de nós não sonha com políticos honestos? Pessoas que realmente usem o poder de forma correta e justa? Quando o justo governa, o povo se alegra. Quando o ímpio governa, o povo geme! (Provérbios 29-2). E há anos nossa nação vem gemendo nos becos sombrios que nos recusamos a ver, cenário onde a miséria e a opulência convivem aparentemente bem. Sente mais a dor os que já a viveram dos que a viram de longe. Embora a pobreza diga pouco sobre o caráter das pessoas, acredito que sabe melhor o texto quem já interpretou o personagem do que aquele que pagou o ingresso do teatro. Eu as vezes escuto pessoas dizendo que cristianismo e política não se misturam, já ouvi pessoas que eu sei que seriam uma benção para o estado/cidade/país agir com repulsa diante da possibilidade de representar um destes. Se pessoas assim não ocuparem esses cargos, quem ocupará então? Uma recente polêmica no meio cristão, foi a mudança de voto do Pr. Silas Malafaia. Ele inicialmente votaria na Marina, mas por razões válidas para ele, anunciou que votará em José Serra. Eu considero o Pr. Silas, um homem de Deus e muito inteligente - Já ouvi muitas mensagens dele que sem dúvida edificaram a minha vida. Com certeza um defensor corajoso da causa de Cristo, por quem tenho profundo respeito.Quanto a Marina Silva, também conheço bem a história, desde quando era vereadora no Acre. Tive a oportunidade de ouvi-la no Usina 21(evento de workshop evangélico) em 2005 quando ainda era ministra do meio –ambiente, e pelo que sei sua trajetória política sempre foi idônea. Acredito que o que aconteceu foi apenas um choque de personalidades. Ambos são muito francos e estão expressando isso da forma que é característica a eles – O pastor de forma direta sem medo de falar o que pensa como sempre fez; E a candidata de forma cautelosa, escolhendo bem as palavras, buscando o caminho da sabedoria. Como cidadão, acredito que o pastor tem todo o direito de votar em quem ele quiser, sem ter que dar explicações a ninguém por isso. Agora como cristão, acredito que ele perde muito escolhendo alguém que não depende de Deus para governar, por mais capaz que essa pessoa seja, pois a bíblia diz "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança." (Salmos 33.12). Em quem essa autoridade buscará inspiração para governar, qual herança esse governo nos deixará? Se a Marina é “Pilatos” ainda assim não é melhor ter Pilatos do que Caifás? Não acho que ela tenha sido covarde por não defender mais enfaticamente os princípios cristãos. Acho apenas que ela sabe com o que está lidando, um campo delicado. Tudo tem um propósito e a estrada se faz a medida que se caminha. De nada adianta defender posturas fora do contexto e morrer na praia. Para mudar alguma coisa, primeiro é necessário chegar a algum lugar. “É correto pagar tributo a César?” Jesus poderia ter sido claro em sua resposta e acabar ali sua missão ou poderia responder de forma sábia como fez. Ele não tinha a intenção de ‘enrolar’ os que questionavam. Apenas sabia que era uma armadilha e se recusou a entrar no jogo. A Marina nunca escondeu a bandeira do evangelho. Porém cargo que ela disputa não é o de pastora e sim o de presidente. Ela deve e precisa escolher a bandeira da democracia também. E quando essa democracia ferir os princípios bíblicos, sei que a integridade do seu caráter trará valor ao seu conselho no momento preciso e essa quebra de princípios, não existirá sem o mínimo de luta em torno da conscientização e não da imposição. Agora sem um governo temente a Deus, esses valores não vão se perder: Já estão perdidos. Que o Senhor dirija os rumos da nossa nação. Que a lei de Cristo seja o cerne do coração de nosso governante: Amar a Deus e as pessoas antes de si mesmo. Eu amo o meu país e quero vê-lo restaurado, pra glória de Deus.

Fica aí a reflexão. Faço minha as palavras do poeta João Alexandre: Pra cima Brasil!

http://www.youtube.com/watch?v=5XqEZa42JGI&feature=related

Um abraço,

Vanessa